No hype cycle das telecomunicações, todas as operadoras prometem a revolução do 5G. Vivo e TIM estampam em seus sites a liderança em cobertura urbana e velocidade para smartphones. Mas quando a conversa muda para o chão de fábrica, onde a latência de milissegundos define a diferença entre uma linha de produção eficiente e um acidente com robôs autônomos, o cenário muda drasticamente.

Em 2025, a Claro Empresas se consolidou como a única operadora no Brasil com cases de 5G Industrial Privativo em escala real, operando em ambientes de missão crítica. Não estamos falando de pilotos de laboratório ou demonstrações controladas em eventos de tecnologia. Estamos falando de operações massivas como a da Gerdau em Ouro Branco e da Nestlé em Caçapava, onde a conectividade 5G é o sistema nervoso central da Indústria 4.0.
No entanto, essa tecnologia de ponta tem um custo. O prêmio de preço para implementar uma rede privativa 5G pode ser de 25% a 35% superior a uma solução Wi-Fi 6 ou 4G LTE tradicional. A pergunta crítica para o CIO ou Diretor Industrial é: “A minha operação justifica esse investimento?”
Neste artigo técnico, vamos dissecar os dois maiores cases de 5G industrial do país, analisar a infraestrutura herdada da Embratel que dá suporte a essa robustez e oferecer um guia claro sobre quando o 5G da Claro é a única escolha viável — e quando ele é um exagero caro para o seu negócio.

Introdução: Claro 5G Industrial — O Diferencial Verificado
Enquanto o mercado de varejo briga por quem tem o 5G mais rápido para baixar vídeos no TikTok, a verdadeira batalha tecnológica acontece nas redes privativas (Private Networks). A Claro, alavancada pela expertise de engenharia da Embratel, optou por liderar esse nicho de alta complexidade.
A tese central deste artigo é direta: o 5G Industrial Privativo justifica seu custo premium apenas para indústrias com processos de automação crítica, alta densidade de IoT (Internet das Coisas) ou ambientes hostis à propagação de Wi-Fi (como minas e siderúrgicas). Para a vasta maioria das empresas de serviços e escritórios, soluções tradicionais ainda oferecem melhor ROI.
Mas para quem está na fronteira da inovação, como Gerdau e Nestlé, a Claro entregou o que a concorrência apenas prometeu: uma rede viva, pulsante e produtiva.

Case Gerdau Ouro Branco: 5G Privativo Real em Escala Massiva
O projeto da Gerdau na usina de Ouro Branco (MG) não é apenas um case de sucesso; é o benchmark de referência para a América Latina.
8.3 Milhões de m² de Cobertura Dedicada
A escala do desafio era monumental. Cobrir uma área industrial de 8.300.000 m² — equivalente a mais de 1.100 campos de futebol — com um sinal de alta confiabilidade, capaz de penetrar estruturas metálicas densas e operar em ambiente de interferência eletromagnética severa.
A Solução Claro/Embratel:
- Capacidade Dedicada: A rede foi desenhada para entregar uma capacidade agregada de 4.8 Gbps. Isso não é velocidade de pico; é throughput garantido para suportar milhares de sensores simultâneos.
- Latência Crítica: A rede opera com latência inferior a 10ms (milissegundos). Para comparar, o 4G tem latência média de 40-60ms. Essa diferença permite o controle de máquinas pesadas e veículos autônomos em tempo real.
O ROI da Gerdau: Eficiência e Segurança
A Gerdau não investiu milhões apenas por tecnologia. Os resultados operacionais reportados incluem:
- Eficiência Produtiva: Aumento estimado de 15% na eficiência de ativos monitorados via IoT, permitindo manutenção preditiva e redução de paradas não programadas.
- Redução de Downtime: Queda de 40% no tempo de inatividade de equipamentos críticos conectados, graças à telemetria em tempo real que antecipa falhas.
- Segurança: Implementação de “Gêmeos Digitais” (Digital Twins) e uso de drones conectados via 5G para inspeção de áreas de risco, retirando humanos de zonas perigosas.
A Análise do Custo: Embora o custo de implementação e operação da rede 5G privativa seja estimado em 12% a 18% superior a uma rede 4G legada, o impacto no EBIT (Lucro Antes de Juros e Impostos) da unidade, projetado entre +8% e +12% devido aos ganhos de eficiência, valida o investimento.

Case Nestlé Caçapava: Indústria 4.0 + 5G + Cloud
Se a Gerdau é o exemplo de infraestrutura pesada, a fábrica da Nestlé em Caçapava (SP) é o estado da arte da manufatura inteligente e conectada.
“R$ 1.1 Bilhão Investimento Indústria 4.0”
A Nestlé anunciou um ciclo de investimentos de R$ 1,1 bilhão em transformação digital, e a Claro foi escolhida como o backbone de conectividade para suportar essa visão.
A Infraestrutura 5G na Linha de Produção:
A rede privativa da Claro em Caçapava habilita aplicações que seriam impossíveis com Wi-Fi:
- Visão Computacional: Câmeras de alta resolução analisam produtos na esteira em tempo real, identificando defeitos de embalagem ou qualidade sem contato humano. O volume de dados de vídeo 4K exige a banda larga massiva (eMBB) do 5G.
- Robótica Colaborativa (Cobots): Robôs móveis autônomos (AMR) navegam pelo chão de fábrica transportando materiais, coordenados via 5G com precisão milimétrica.
- Integração Cloud: A latência ultrabaixa permite que o processamento de dados (Edge Computing) ocorra na borda da nuvem, sem precisar de servidores pesados dentro de cada máquina.
ROI Projetado: A Nestlé busca um aumento de 20% na produtividade das linhas conectadas, redução de 50% em defeitos de qualidade final e diminuição de 30% no desperdício de materiais.

Por Que Apenas a Claro Tem Cases 5G Industrial LIVE?
Por que não vemos cases semelhantes com Vivo ou TIM nesta escala industrial específica? A resposta passa pela maturidade e estratégia.
O Diferencial de Espectro e Engenharia
A Claro, através da Embratel, possui uma herança de engenharia de redes corporativas que a Vivo (focada em varejo móvel e fibra residencial) e a TIM (focada em eficiência de custo móvel) ainda estão construindo no segmento industrial pesado.
- Frequência 3.5GHz Dedicada: A Claro foi agressiva na alocação de espectro exclusivo para projetos privativos, garantindo que a rede da fábrica não sofra interferência da rede pública da cidade vizinha.
- Integração de Backbone: A rede 5G da fábrica conecta-se nativamente ao backbone de fibra óptica da Embratel, criando um ecossistema fechado e seguro.
Enquanto a concorrência anunciava “pilotos” e “provas de conceito” em laboratórios, a Claro estava instalando antenas em altos-fornos e linhas de montagem. Essa vantagem de first mover gerou um know-how operacional que hoje é uma barreira de entrada para os rivais.

Quando 5G Industrial Compensa (E Quando NÃO)
A empolgação com a tecnologia não pode cegar a análise financeira. O 5G Privativo não é para todos.
✅ QUANDO COMPENSA (O “Sweet Spot”)
- Indústrias de Processo Contínuo: Siderurgia, Química, Papel e Celulose, Petróleo e Gás. Onde uma parada custa milhões por hora.
- Logística de Alta Densidade: Portos, Aeroportos e grandes Centros de Distribuição com milhares de ativos móveis (contêineres, empilhadeiras) que o Wi-Fi não consegue rastrear com precisão.
- Manufatura Discreta de Alto Valor: Automotiva, Aeroespacial e Eletrônica. Onde a automação e a robótica são intensivas.
- Matemática do ROI: Se o ganho projetado de eficiência (EBIT) for superior a 8-15%, o prêmio de preço do 5G se paga.
❌ QUANDO NÃO COMPENSA
- PMEs (<100 funcionários): Para pequenas fábricas ou oficinas, o Wi-Fi 6 ou o 5G público já atendem com sobras. O custo de uma rede privativa (Core dedicado) inviabilizaria o caixa.
- Ambientes de Escritório: Escritórios de advocacia, agências de marketing ou empresas de serviços não precisam de latência de 5ms. Fibra óptica e Wi-Fi são mais baratos e suficientes.
- Operações Estáticas: Se suas máquinas são fixas e cabeadas, o 5G não traz vantagem sobre o cabo Ethernet industrial, que é mais barato e robusto.
Claro Empresas e o Legado Embratel: MPLS + Datacenter
É impossível falar de Claro Empresas sem mencionar a Embratel. A fusão das marcas criou um gigante. Para grandes corporações, o 5G é apenas a ponta da lança; o corpo do exército é a rede MPLS (Multiprotocol Label Switching).
Apesar do hype do SD-WAN (software-defined wide area network), o MPLS legado da Embratel continua sendo a escolha número um para bancos e instituições financeiras que exigem garantia de banda e privacidade absoluta de dados. A Claro oferece uma arquitetura híbrida única:
- MPLS para o Core Crítico: Transações financeiras e ERP.
- SD-WAN para Filiais: Conectividade flexível via internet.
- 5G para a Borda: Conectividade de dispositivos móveis e IoT.
Essa capacidade de entregar o “velho robusto” junto com o “novo ágil” é um diferencial que nem todas as operadoras conseguem equilibrar.

Comparativo Técnico: Claro 5G vs Vivo 5G vs TIM 5G
Para o decisor técnico, a tabela abaixo resume a posição de mercado de cada player no nicho industrial em 2025.
| Métrica de Análise | Claro 5G (Líder Industrial) | Vivo 5G (Seguidor) | TIM 5G (Foco Urbano) |
| Cases Industrial LIVE | ✅ Gerdau, Nestlé, WEG | ❌ Focada em Agro (Pilotos) | ❌ Focada em Cidades Inteligentes |
| Latência (Rede Privativa) | < 10ms (Otimizada) | ~20-50ms (Padrão) | ~20-50ms (Padrão) |
| Espectro Dedicado | Sim (3.5GHz Fatiado) | Compartilhado | Compartilhado |
| Infraestrutura Core | Embratel (Tier-1) | Telefônica (Tier-1) | TIM Fiber (Tier-2) |
| Prêmio de Preço | +15% a +25% (Justificado) | +20% a +30% (Alto) | +18% a +28% (Médio) |
| Nível de Maturidade | Produção (Scale) | P&D / Piloto | P&D / Piloto |
Veredito: Se o seu projeto é industrial crítico, a Claro é a única com horas de voo comprovadas em 2025. Vivo e TIM são excelentes para conectividade corporativa geral, mas ainda estão tateando o chão de fábrica complexo.
Recomendações: Para Qual Indústria a Claro 5G Compensa?
Baseado na nossa consultoria e análise de mercado, recomendamos a avaliação da solução Claro 5G Industrial para:
- Setor Automotivo: Montadoras (como Ford, GM, Fiat) e Tier-1 suppliers que buscam flexibilidade de linha de produção (mudar o layout da fábrica sem repassar cabos).
- Alimentos e Bebidas: Gigantes como Ambev, BRF e a própria Nestlé, onde o controle de qualidade por visão computacional e a rastreabilidade são mandatórios.
- Indústria Química e Petroquímica: Braskem, Unigel e refinarias, onde a segurança do trabalhador e o monitoramento de ativos críticos em áreas explosivas exigem conectividade sem falhas.
- Mineração e Siderurgia: Vale, CSN e Gerdau, operando em ambientes geograficamente desafiadores onde o cabo não chega e o Wi-Fi falha.

Para PMEs genéricas, nossa recomendação técnica é clara: Não contrate. O custo de entrada e manutenção de uma rede privativa 5G ainda não justifica o retorno para operações de menor escala. Fique com soluções de conectividade corporativa padrão (Link Dedicado + Wi-Fi 6), onde o ROI é garantido.
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